A Psicanálise é a Clínica do Acolhimento da Palavra
Porque fazer Análise?
A Psicanálise serve para
Acolhimento do Sofrimento amoral do discurso da Alma Humana* *(inconsciente). Isso sem julgo e sem Medo.
A Psicanálise em sua
essência é a clínica do acolhimento da Escuta, da Palavra.
Acolhimento da Palavra não
dita, palavra que não tevê oportunidade de construir seu discurso próprio na
sua estrutura psíquica.
Na análise o
"discurso" remendado é gradativamente levado para uma recostura
"per si". Se a religião é o
porto seguro para o exercício da fé e também da culpa do nascimento da transa
dos nossos pais, visto que onde tem sexualidade. A religiosidade se insere com
a culpa., como cunho de domínio e controle da família e individualidade do ego.
Vive-se o medo e a temência
de ser julgado por amores e paixões que fazem parte natural
da existência humana.
A psicanálise dá asas para
voar além do “porto” do pecado, além do purgatório e nessa perspectiva “de voo”
podemos descobrir o quanto somos capazes, fortes para reeditar nossa existência
com o "outro e sem o outro" num viver ético.
E mesmo que ainda nos
sentimos culpado e com medo, na
caminhada da análise seremos capazes de exercer a sexualidade sem medo do
pecado e sem medo de ser feliz. Logo sem necessitar de nenhum “intermediário”
que venha me desautorizar o desejo e a libido da sexualidade da minha vida.
"Freud dizia que as
religiões são excelentes abrigos das neuroses humanas" (1856/1939) Livro: Mal
Estar da Civilização.
Na Psicanálise existe o
Acolhimento da Palavra sem medida, fazer análise é o lugar onde o “palavrão” é
desmascarado e desmistificado é onde ele
pode ser inclusive falado. Na clínica de
Psicanálise esse "palavrão"
são todas as palavras que deixei de dizer algum dia para alguém desde de
infância.
Na "análise" o
sujeito constrói esse palavrão através do seu discurso.
Fazer “análise” é "estar-se"
sujeito a descobrir que um “grande amor”
nem era ou foi é um grande amor assim, fazer análise é descobrir que uma grande
paixão nem é mais tão uma grande paixão.
Fazer “análise” é descobrir
que as instâncias do se apaixonar e amar, não devem existir como vinculação de “partilha” do
“indivíduo” em sua totalidade, gerando assim relações de dependência afetiva e
possessividade.
Mas amar analítico é para “compartilhar”
e esse compartilhar deve se apontar para o amadurecer, crescer e evoluir para
existência dessa vida compartilhada.
Na paixão “partilhamos” o
caminho, no “Amor” compartilho o caminho sem renunciar minha individualidade e
liberdade; mas se tiver resquícios de um complexo de Édipo mal resolvido vou
sofrer e fazer alguém sofrer.
É no Édipo e na infância com
nossa mãe que a maioria de nós aprende a referência para amar e com nosso pai aprendemos
a disciplinar "isso" para esse amar.
O Amor é aquilo que dou
(doação, ágape). A paixão é aquilo que
exijo para “tamponar” uma lacuna uma brecha que me falta e é preenchida pelo
“outro” ( é uma sensação de bem estar por receber e perceber- se a si (narciso)
e não dar quase nada para o outro).
No amor eu "doou"
sem pedir nada em troca porque "Amor" é luz refletida "vai e
volta". Na paixão exijo inclusive
exclusividade e é na paixão que inclusive manipulo a individualidade do "outro"
exijo "luz" mas posso por meu "Outro" em trevas.
Grandes conquistas acontecem
na instância da paixão mas também crimes
passionais e hediondos também moram na possessão da paixão e não do amor.
Por isso é muito importante
o candidato e aspirante a formação para
“Analista” fazer sua análise pessoal continuada, fazer suas supervisões
de atendimentos antes de se tornar psicanalista de fato.
É preciso reeditar sua
caminhada, sua história é preciso conhecer sua neurose e tratá-la primeiro para
depois tratar do "Outro".
A Psicanálise é das poucos
ou únicas especialidade ou ocupação laboral em que se experimenta primeiro do
seu método para depois se utilizar no outro.
Não há restrições médicas, contraindicações
e efeitos colaterais indesejados em se fazer análise sendo neurótico. Haverá alguns sintomas e reações como mecanismo de defesa e
resistência a mudanças de si para si mesmo.
Mas ninguém vai a
"óbito" ou fica com sequelas clínicas indo fazer "análise. Por
isso não há emergência clínica médica em se fazer análise de neuroses
inorgânicas e da instância do inconsciente.
O psicanalista (não médico)
não pode ou deve aviar nenhum tipo de indicação de tratamento medicamentoso e
nem pode suspender nenhum tipo de tratamento clínico ou de exames clínicos do
seu analisado.
Psicanálise é Psicanálise:
(Associação livre de ideias, Interpretação de Sonhos, Pontuar, Interpretar e
Confrontar os achados do Inconsciente pela palavra)
Nesse artigo tenho intento
de levar aos pacientes de psicanálise como também aos alunos (as) e candidatos a formação para a clínica de
acolhimento da psicanálise a importância de se fazer sua análise e da
supervisão.
O Divã não é o leito para o
corpo, mas é a acomodação do corpo para o acolhimento do inconsciente do
sujeito.
E é nisso que vai se
permitir "o vir da fala" que
através da escuta do "Analista" via associação livre, se criará
condições e tempo propício para o “inconsciente” se fazer presente pela
“palavra” que deverá ser pontuada com imparcialidade e amoralidade pelo seu
psicanalista.
“O Psicanalista é o
Poliglota da Alma Humana” (Chafic)
A psicanálise serve para a
desconstrução do olhar e reeditar o sentir do sujeito, do seu “outro” e do seu sofrimento
como “sujeito”.
Porém na análise não é
recomendável e nem o objetivo visar cura de algum sintoma clínico médico ou
doença.
Fazer análise é se submeter não
só a confiança e experiência do Psicanalista, mas a ao método da psicanálise
tradicional e coloquial.
E é nesse viés que temos um
construto novo semelhante a um homeopático abstrato onde vamos alcançar o
insabido gradativamente e descobrimos, e aos poucos saberemos que nossa consciência e
nossa razão, nem sempre têm consciência e razão de sermos assim inclusive
infelizes e vitimados pela infelicidade.
Na análise vamos descobrir
que inclusive podemos nos reeditar para
a possibilidade de um novo sentir e um novo “ser assim” inclusive em instâncias novas da consciência
e razão.
A estrada da psicanálise é
direcionada sempre ao universo abstrato e inorgânico individual do inconsciente
humano; e cada sujeito é um universo
único em sua análise e sua história de vida.
A análise é possibilidade de
me “permitir” fazer a travessia por uma nova estrada para aquilo que já existe
na minha história desde infância, é um passo onde me permito conhecer meu sofrer
sem me arruinar.
Embora o objeto da
psicanálise não é eliminar o sintoma a análise
e se inicia após toda representação simbólica da queixa. É na elaboração
do sintoma que o sujeito faz sua análise gradativamente e (cada um tem o seu
tempo) por isso fazer "análise" demanda tempo.
Na análise vai se permitindo
vencer resistências e mecanismos de defesas
descobrindo-se o quanto havia em seus sintomas, o quanto de tempo ou
desperdício energia e libido com coisas que podem ser "ressignificadas" e tratadas pela
psicanálise.
E isso é a indicação da
possibilidade da construção de um novo olhar, uma nova ética para viver sem
culpa, sem medo exagerado.
A análise é a possibilidade
de um novo viver mesmo sendo neurótico, um Viver "Real" sem tamponamento vai-se descobrindo o que
somos e o que realmente desejamos nesta Vida.
Fazer análise é um desafio para
conhecer-se a "si mesmo" é estar disposto a verdade insondável que habitava a palavra e seu discurso do
cotidiano.
No discurso existo e enquanto que simbolização
da existência do individuo está na interpretação dos conteúdos simbólicos da
fala.
É no discurso que fazer
análise é a libertação do seu sujeito de si e do seu “outro”. (Lacan)
Enquanto que no cristianismo
a máxima: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos Libertará”
Na Psicanálise poderíamos
usar o jargão:
“Conhecereis a si mesmo e
seu desejo que isso vos Libertará de si e do outro”.
É claro que na análise
diferenciamos as instâncias morais e religiosas das instâncias do prazer e tratado
do desejo no contexto da estrutura psíquica individual de cada um de nós.
A Psicanálise não é imoral
porém deve tratar de todas as questões e conflitos humanos de forma imparcial e
amoral dentro do método psicanalítico tradicional e coloquial.
Luiz
Mariano
Member Doctor Psychoanalyisis Theories and
Clinical Psychopathology
Percurso de Psicanálise da ABMP-DF & Uk Psychoanalysis Society - London
Doutorado Psicanálise Clínica EPCRJ - American World University
Mestrado Psicanálise Clínica do Acolhimento EPCRJ - Soul Open University London
Percurso de Psicanálise da ABMP-DF & Uk Psychoanalysis Society - London
Doutorado Psicanálise Clínica EPCRJ - American World University
Mestrado Psicanálise Clínica do Acolhimento EPCRJ - Soul Open University London